COMO SE FOSSE SONHO – II
U’a ave negra, ao céu, triste a voar,
Qual forma de presságio, ao “meu dia”,
Vagava sem saber onde pousar;
E tudo, como em sonho, acontecia!
O sino da capela a retumbar,
Ouvia ao longe... E nada eu entendia!
Meu coração aflito, a disparar,
Rezava o “Padre Nosso” e a Ave Maria.
Minh’alma, aos pouquinhos se acalmava,
Ao ver surgir do campo, que exalava,
O olor de u’a bela flor, que eclodia.
- Viçosa flor do amor, ó Margarida!
Vim ter contigo, agora, e toda a vida,
Pois eis, que minha vida, reinicia.