SILÊNCIO ABRIGO.....

Desculpa-me se falo tanto do silêncio,

Mas foi neste estado que encontrei,

Aos poucos, em figura de alento,

Na mente os sons que não larguei.

Ouça o que diz a lua em seu iluminar,

Traduzindo em mim, de ti, tanto arrepio.

Ou dirás não ouvir, na noite, do mar,

A ressaca do amor liberto e arredio?

Pois aqui ainda estão os gemidos,

Mesmo restando os corpos remidos,

Haverá no ar para sempre os gritos.

Da compulsão por condição do ido,

Nas páginas do silêncio nas quais lido,

Com a essência do silêncio abrigo.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 01/10/2017
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