Ingente
Ingentes gritos de meu fracasso!
Ao deleite oblíquo destas esperanças fajutas.
Aos meus olhos: mínimos detalhes à desilusão,
Eventualmente já sabia o palato desta aflição.
Agonia, idolatrias narcisistas ao perguntar:
O que encaro no espelho faz parte desta ilusão?
São teus olhos que incansavelmente busco,
Em cantos que às vezes procuro,
À madrugada, insisto meu lugar a dois.
Tentativas incessantes em letargia;
Meu retrocesso em lembranças esquecidas
Não quer meias verdades;
Não quer acaso;
Não quer talvez
Desconforto que enaltece em dubiedade.
Libido que não sustenta impressibilidade.
Distorça-me com estas palavras,
Desfaça o véu perfeito que idolatras.
Anoiteça com mentiras que acreditas.
Amanheça em sentimentos que crias!