Ingente

Ingentes gritos de meu fracasso!

Ao deleite oblíquo destas esperanças fajutas.

Aos meus olhos: mínimos detalhes à desilusão,

Eventualmente já sabia o palato desta aflição.

Agonia, idolatrias narcisistas ao perguntar:

O que encaro no espelho faz parte desta ilusão?

São teus olhos que incansavelmente busco,

Em cantos que às vezes procuro,

À madrugada, insisto meu lugar a dois.

Tentativas incessantes em letargia;

Meu retrocesso em lembranças esquecidas

Não quer meias verdades;

Não quer acaso;

Não quer talvez

Desconforto que enaltece em dubiedade.

Libido que não sustenta impressibilidade.

Distorça-me com estas palavras,

Desfaça o véu perfeito que idolatras.

Anoiteça com mentiras que acreditas.

Amanheça em sentimentos que crias!

P Silveira
Enviado por P Silveira em 30/09/2017
Código do texto: T6129270
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