FATALIDADE

FATALIDADE

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante)

Sem que saibas, te amo, em segredo;

Há um algo em ti que me alucina,

Tudo que vejo em ti só me fascina,

E esse algo em ti me causa medo.

Muitas vezes, até num arvoredo,

Imagino estar a viver sonhos,

Mas momentos eu vivo tão medonhos

Que me sinto refém de um vil degredo.

E nesse arvoredo imaginário

Eu me vejo sentado a meditar

A viver em um mundo secundário.

Degredado! Será? Da realidade,

Nada sei, eu só sei que te amar,

Outorga-me cruel fatalidade.

(30/set./2017)