SOLIDÃO
Mauro Magalhães
Deixaste-me. Por quê? Qual a razão?!
Debalde, grito e escuto... sem resposta!
Minha voz sem eco, perde-se na encosta
E nos abismos dessa imensidão
Vazia de minha vida. E eu, sem destino,
Quedo-me, pasmo, às margens do meu pranto.
Escuto meu silêncio e, para espanto,
Descubro-me a pensar em desatino.
Busco refúgio em minha consciência,
Mas só encontro miasmas fantasmáticos.
Resíduos de amores problemáticos.
Deixo a razão e abraço a tua essência.
Sinto-me forte, pois já tenho abrigo.
Sinto-me fraco, pois não estás comigo.
Debalde, grito e escuto... sem resposta!
Minha voz sem eco, perde-se na encosta
E nos abismos dessa imensidão
Vazia de minha vida. E eu, sem destino,
Quedo-me, pasmo, às margens do meu pranto.
Escuto meu silêncio e, para espanto,
Descubro-me a pensar em desatino.
Busco refúgio em minha consciência,
Mas só encontro miasmas fantasmáticos.
Resíduos de amores problemáticos.
Deixo a razão e abraço a tua essência.
Sinto-me forte, pois já tenho abrigo.
Sinto-me fraco, pois não estás comigo.
Brasília, 22/09/1992
Insp: Iris