“Na minha roça interior!”


Na roça da minha pura doce ilusão.
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do sorrir é bem pequeno.
Mas é um tempo bom, lindo, ameno!

Às vezes brilha o Sol com rara beleza
Outras vezes Ele desmaia com frieza
O que é belo pode esvair-se num só dia,
Na terna mudança da benfazeja natureza.!

No último instante, uma lágrima bem dorida
Resume todas ânsias da existência inteira
E a saudade tristonha, uma doce mensageira!

Que enchendo-se de angustia a terna despedida
É a mesma visão do fim de toda a nossa vida
Escurece o tempo que sobrou, paisagem esquecida!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 29/09/2017
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