A fome das almas
 
Uma alegria para cada dez tristezas
Lutam os números no estatístico compromisso
Deslocados de outros nobres ofícios
Apenas para confirmar essa certeza
 
Segue o elo de ouro entre os outros da corrente
Por trás, por cima, preso às engrenagens.
Leva do olhar desejos como mensagens
Enquanto a volta não se sabe exatamente.
 
Gira a força motriz do tempo, inclemente...
Impassível aos olhares à margem
Aos famintos candidatos à felicidade
 
Deixando o universo frio e indiferente
Dizer-lhes o motivo dessa percentagem
Que talvez seja calma em certa dosagem