Quem és tu?!
Quem és tu, adornado pelo orgulho?
...E quem és tu, vestido de arrogância?
Que acha ser o rei da extravagância
E gosta da desordem, do barulho...
Mas, quem és tu, cheirando a petulância?
Que, no egocentrismo, dá um mergulho;
Que vive envaidecido em seu casulo
E borboleteando na importância?
Persegues a ilusão. A alma cheia,
De um sentimento triste e infecundo:
O sonho de não ser um grão de areia.
Eu digo quem tu és “Senhor do mundo!”
Um átomo irrisório que vagueia,
Na imensidão do abismo mais profundo.