COMO SE FOSSE SONHO - I
E como se num sonho, eu caminhasse,
À beira de uma estrada infinita,
Vagando sob um olhar anafrodita,
E um peso às minhas costas, a mim chegasse;
E como se bem longe alguém tocasse,
(Chopin – u’a marcha fúnebre bonita),
Chegava ao meu ouvido, e a alma aflita,
Carpindo... E os meus sonhos recordasse;
Por Deus, clamei, e aos anjos, me ouvissem...
Para entender toda essa agonia,
E os meus joelhos, a Ele, se dobrassem;
Na face, o entendimento esboçado
(O medo e a saudade que sentia...)
“Pra vida, o meu presente, já passado”!