SONO DA MORTE

Talvez num sono acabe a nossa lida,

E, com ela, também as nossas dores,

E, num caixão carregado de flores,

Os sonhos nos levem além da vida...

Assim, que a morte não seja temida,

Nem precisem chorar nossos amores,

Nem se alegrar aqueles traidores,

Que tanto desejaram a nossa ida...

O sono não assusta e pouco importa

Se quem sonha é natureza morta,

Ou se a terra com este corpo acabe...

Enquanto isso, nem céu nem inferno;

Apenas esse nosso sono eterno...

Morrer, dormir e até sonhar... Quem sabe?

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 27/09/2017
Reeditado em 27/09/2017
Código do texto: T6126202
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