Ao acaso
E assim a vida escorre pela idade
Sem vaidade a me roubar espaço
Par e passo, em meio à claridade...
Saudade rege o tom do meu compasso.
Ata-me o laço e, sem privacidade
Invade-me, queira ou não e pocesso,
confesso: Desconheço vaidade,
minha maldade é branca, é meu lenço.
E o sucesso? O meu guia nada disse,
desse ao menos a senha, a saída
pra essa lida que maltrata com candisse...
Alguém me disse: Abraça a vida, brinda,
acende tuas vontades, ao acaso
planta sonhos pra brotarem em outro vaso.
Josérobertopalácio