ALCOVA DE VERSOS...
A construção poética ao seio das noites
Cai dum mamilo alvo como neve pura
Escorre à madrugada que silente dura
Até as alvoradas líricas de açoites...
E como vate lúbrico em meus pernoites
Eu vivo como amante que amor procura,
Mas como vã coruja belatriz escura
Paixão rapina surge após a meia-noite...
Depois da hora cheia tudo se permite
Pelas carícias livres, sons o verso emite
Durante um orgasmo sob a lua nova...
E vai pela crescente lua em contorno
Até um seio cheio com seu leite morno
Minguando intervalos no amor d'alcova...
Autor: André Luiz Pinheiro
23/09/2017