BÁLSAMO DA PAZ
BÁLSAMO DA PAZ
Quando tudo se turva em nossa volta
Como nuvens pesadas e sombrias,
Abandono sentimos e revolta
A empanar o clarão de nossos dias.
Padecemos, assim, amargamente
Envolvidos em triste solidão.
O vil mundo se torna indiferente,
Fica mudo e ferido o coração.
Porém, sempre nos resta uma esperança
De que logo a borrasca se desfaz
Vindo a doce quietude da bonança.
E um milagre supremo, então, se faz:
Fogem brumas e nuvens de faiança,
Sobre nós desce o bálsamo da paz!
***
Maria de Jesus Araújo Carvalho
Fortaleza, 26/09/2017