SONETO AO LUAR
Bato em tua porta, eu sou o amor,
A mando vim da Deusa Afrodita.
E ao teu colo eu sou um sonhador:
Alguém que em um milagre acredita...
E tu és a estrela no infinito,
E ainda és a flor ao descampado,
E és o ruminar no outeiro, o gado
Nas luzes de um luar no infinito...
A em noites de poetas, és o fado
À ribanceira, a luz no precipício...
O campo, o arrebol, o lírio, o mato...
E a voz de um Aedo, és a poesia,
E brincas com um olhar por sobre as matas,
E fazes no sertão nossa alegria...
Geraldo Altoé