Deus me ofertou o dom de ser poeta...
E todo poeta é meio vidente,
Um pouco adivinho, clarividente
Que ás vezes prevê desgraça completa!

Mas, a hecatombe que sinto na mente,
Mais parece uma arenga de profeta
Que augúrio de calamidade certa
Predestinada ao mundo de repente.

Só que vendo esta leva de arrogância,
E a ganância instalada no planeta,
Pressente o bardo a derradeira guerra!

E com pesar por tanta intolerância,
Vê o tempo passando na ampulheta,
E o caos adulterando toda a Terra!

 
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 25/09/2017
Reeditado em 05/08/2019
Código do texto: T6124619
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