Serenidade
Hoje já não carrego tanta tralha;
Também já não transporto tanto lixo;
Nada me pesa, nada me atrapalha;
Do tempo, não sou mais tão submisso.
O Mal já não me atinge ou me amortalha;
Rancor, inveja, ódio, nada disso...
Jamais carrego algo que não valha
A pena, se não tem paz ou capricho.
Dentro do coração não há mais guerra;
Não faço mais alarde ou escarcéu;
Só o silêncio sobre mim descerra.
Rasgo da vida o inconstante véu;
O corpo leve pra deixar a terra,
A alma livre pra alcançar o céu.