Soneto

Cantam minhas ruas,

Um canto de dor.

Cantam as vozes suas,

Um grito de horror.

Chora o corpo fardo,

A morte do amor.

sentimento arrancado,

Feito tosco tumor.

Tirado do peito amargurado,

Que expele o odor,

O cheiro fétido e amassado,

Do vão vazio em que nunca habitou.

Pois, o ódio é embaçado,

E só odeia quem nunca amou.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 23/09/2017
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