Soneto
Cantam minhas ruas,
Um canto de dor.
Cantam as vozes suas,
Um grito de horror.
Chora o corpo fardo,
A morte do amor.
sentimento arrancado,
Feito tosco tumor.
Tirado do peito amargurado,
Que expele o odor,
O cheiro fétido e amassado,
Do vão vazio em que nunca habitou.
Pois, o ódio é embaçado,
E só odeia quem nunca amou.