Para a Incerteza
Fechando a porta atrás de mim, adentro a casa,
Rispidamente virando as chaves
Não para estar a salvo, mas para quebrar probabilidades
O que me dá certeza é a porta trancada.
Falo sem piscar, muito segura
Escrevo sem poesia.
Como pede a maioria,
uma visão pode ser a cura.
De repente, o pó colore as mesas,
Entra nas minhas rugas,
As trancas enferruja.
Demente e doente envelhece a Certeza.
Arrombo a porta - não sabia que poderia.
Exploro o que para mim era imaginação,
Transformo tudo como em histórias de ficção,
Longe das mentiras, recupero a Poesia.