TRISTE LUA
Vaga a Lua, desfilando insinuante,
sendo ímã aos olhares mais distantes.
Noite adentro brilha só em seu reinado,
qual princesa dos castelos encantados.
Todavia, até aos astros há limites,
em singrar o firmamento exuberante.
Quando o galo faz seu solo extravagante,
triste Lua... com a vida está quites!
Não há mais oceanos a mergulhar,
ou poetas para em versos a exaltar.
Resta o desterro em mundos tão distantes.
Cheia! A Lua se insurge delirante,
num descuido do astro rei, faz-se o eclipse.
Desprezada, apela ao breu do apocalipse!