IRROMPE-SE PRIMAVERA...

Enfloram-se as glaciais verbenas

Vês açucenas vivas nos quintais

E margaridas surgem matinais

Das sombras descortinam-se as cenas...

Bailando sob às brisas mais amenas

Nas verdes gemas pousam uns fanais

Brilhantes lágrimas celestiais

Umedecendo flores mais pequenas...

Rasgando-se o ar um canto vibra

E o beija-flor n'aroma se equilibra

Nas linhas do poema mais concreto...

Elã na natureza se transforma

O embrião no ventre cria forma

Pra destruir o frio do deserto...

Autor: André Luiz Pinheiro

18/09/2017