Dos resgates os tempos
(em 22 de setembro de 2017, primavera)
Um oferecimento...
O tempo outro, e parece ontem
tua chegada, e tremias... Nada
estava escrito... Em tua fronte
eu, tua irmã, anjo teu, fadada
sina minha, mais est'outra odisseia
sem Penélope, também sem Ulisses
mas, Odisseia... Ninguém dessa messe
a vir sabia... Ninguém...Alma ateia
mulher, mas, não, e este tempo a vir
que faces mostraria! A das mortes
e mais uma renúncia-bênção, Sorte
a mesma, a Contraditória, brilho
da dupla dor, a face de outro anjo
necessário: Dos resgates os tempos.
Ah, que sejas, primavera! Que sejas! Que sejas!
Que assim nos seja, a todos, a cada um!
Que assim nos seja, a todos, a cada um!