Tudo está no ar
 
No vazio aparente a onde passa a brisa
Onde também pairam invisíveis frenéticos
Elétricos opostos, antimagnéticos
Que nenhuma imagem vem a ser precisa
 
Esse espaço esconde caóticos arquivos
Que esperam ansiosos quem lhes solicite
Lhes peça a presença, lhes façam convites
Enquanto trepidam por nosso convívio
 
São, talvez, já prontos, uns quase palpites...
Outros indiferentes, distantes, sandices
Mas se lhes convocam, muitos dão ouvidos
 
Enquanto cabeças mendigam pedidos
Concentram, apelam que algum desça e indique
Um estalo, um momento que lhes glorifique