O Governo da Desconfiança
Não confie exímio aos seres mortais.
Eles bradam férvidos e nas praças
Ecoa o som da discussão na ágora
Que reflete insípida nos portais.
Todos os homens são seres boçais.
Eles apelam e abusam de anáforas.
Mantém os ouvidos e olhos na bácora
Enquanto se atentam para os sinais.
A história mostra todo o resultado
Da santificação de governantes
Enquanto o povo é violentado.
É missão fácil aos militantes
Defender, em altos berros, o estado.
Por todo poder o homem é pedante.
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Esse é meu primeiro soneto. Obrigado pela leitura.