O Governo da Desconfiança

Não confie exímio aos seres mortais.

Eles bradam férvidos e nas praças

Ecoa o som da discussão na ágora

Que reflete insípida nos portais.

Todos os homens são seres boçais.

Eles apelam e abusam de anáforas.

Mantém os ouvidos e olhos na bácora

Enquanto se atentam para os sinais.

A história mostra todo o resultado

Da santificação de governantes

Enquanto o povo é violentado.

É missão fácil aos militantes

Defender, em altos berros, o estado.

Por todo poder o homem é pedante.

*

Esse é meu primeiro soneto. Obrigado pela leitura.

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 21/09/2017
Reeditado em 19/10/2017
Código do texto: T6120921
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