Soneto dançante

E eu que a desejava docemente

Curtia suas passadas, seu jeitinho,

pensando: Ela precisa de carinho

em um chuveiro, frio, morno ou quente.

A linda não saia de minha mente!

Cheguei a lhe mandar um bilhetinho

deu guarida pois deu-me um sorrizinho

e o papai, aqui, ficou contente.

A esperança, ia sempre alimentando

e eu, cada vez mais, me apaixonando.

Ah, meus dias nunca mais serão vazios.

Mas, dura pouco a alegria de pobre

vim saber que ela é noiva d'um nobre

E paixão virou, no peito, calafrios.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 21/09/2017
Reeditado em 21/09/2017
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