Soneto dançante
E eu que a desejava docemente
Curtia suas passadas, seu jeitinho,
pensando: Ela precisa de carinho
em um chuveiro, frio, morno ou quente.
A linda não saia de minha mente!
Cheguei a lhe mandar um bilhetinho
deu guarida pois deu-me um sorrizinho
e o papai, aqui, ficou contente.
A esperança, ia sempre alimentando
e eu, cada vez mais, me apaixonando.
Ah, meus dias nunca mais serão vazios.
Mas, dura pouco a alegria de pobre
vim saber que ela é noiva d'um nobre
E paixão virou, no peito, calafrios.
Josérobertopalácio