Velhos tempos
Já houve a lamparina, hoje é xenon,
no lugar do calhambeque, hoje, camaro;
O que diria, ao ver um boeing, Ícaro?
Velha viola vê a guitarra em outro tom.
A dentição de hoje não tem tártaros,
demencia, eu não lembro se é parkinson
mas o Y continua ípsilon,
já se faz, no corpo humano, reparos.
Daquela Lua antiga, agora. só saudades
serenatas, hoje, disparidades.
Mesa com papo de amigos, nunca mais,
é cada um por si num tal de Iphone.
O contra baixo matou velho trombone.
Praças? Trocaram por motéis, os casais.
Josérobertopalácio