DESDOBRAMENTO

Liberto pelo sono com a alma em descoberto

no espaço etéreo vago qual sombra desterrada;

O véu da noite não norteia a caminhada

e nem por um instante se abre em rumo certo...

Olhar perdido em meio a escuridão, incerto,

penso enxergar uma mansão iluminada;

Apresso o passo na certeza da chegada,

mas me perco na imensidão semi-liberto...

Onde estás? Minh!alma grita - Onde te escondes?

Tua presença eu sinto, mas nada me respondes

e a luz da aurora tudo apaga em mil nuanças!

Mas a amarga angustia que da alma se apodera

é conselheira e diz ao vate: - Persevera

que a noite há de voltar com novas esperanças !

Midi: Lago dos Cisnes

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 17/08/2007
Reeditado em 09/08/2019
Código do texto: T612035
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