Soneto chulo.

Eu fiz a curva que não era da estrada

Tombando o verso que sumiu na amplidão

Fugido ele e eu perdido do contexto

No estado que me encontro: sem palavras.

Sem escala, compasso ou papel,

Sem rebento... Está distante de ser cria

Mas revivo o passado de outras vidas

Com repentes que me fazem viajar.

Inútil, vou compondo verso estranho

Me achando no abandono a que me junto

Querendo ter da morte espera anexa.

Dão-me paz meus sonetos desvariados

E o contexto esconde o soneto chulo

Sem rima e sem ilusão de achar a métrica.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 18/09/2017
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