Soneto Puro
Tu criaste na verdade
O carinho e o bom pudor
Porém o homem pecador
Foge da sinceridade
Tu nos deste a liberdade
Para amarmos sem temor
Mas o crime aterrador
Abafa a nossa humildade
O mundo que tu fizeste
Transformou-se numa peste
E agora não tem mais jeito
A criatura humana
Virou fera desumana
E presa do preconceito
Antônio Agostinho