FEÉRICA
Dar de beber aos bichos sonolentos
deitados tarde à sombra do mormaço,
vêm sorver liquefeitos alimentos
de seu preparo: néctares, melaço.
Pairando ondularmente pelos ventos
sua voz a acalmar aves no espaço.
Sombras pousa, vazando filamentos
de luz nas copas leve seu compasso.
Cercada do zunido de mil seres
No ofício de reger luzes e cores
É presente na vida e nos saberes
Além da existência e seus rigores
É essência do amor, sonhos, prazeres
Como as fadas, as ninfas, como as flores