Soneto póstumo
Vem a reflexão e bate em minha porta
vem solta e em versos eu a arrumo
aproveito o que posso, espremo o sumo
de tudo que a alma, a mim transporta.
Ver os versos surgindo é o que importa
na medida de um soneto eu os resumo
e o guardo pra que um dia seja póstumo...
Aprendi que a poesia nunca é morta.
Assim, deixarei meus versos pelo mundo
e, quem sabe, eu os veja lá do fundo
do jazigo a falarem eternamente.
Pois a poesia é eterna,
seja ela antiga ou moderna
é quem diz tudo que o poeta sente.
Josérobertopalácio