SONETO DE PROCURA
Adentro em mim, procuro reviver
Qualquer resto antigo sentimento,
De quando me servia em alimento,
A prece, a reza, o casto proceder
Devasso-me buscando perceber
Em algo, algum vestígio ou elemento
Só vejo escombro, o todo bolorento...
Ruínas da essência de meu ser.
Procuro rastro, sombra, marca, prova
Não há corpo, também não vejo cova
Indícios quaisquer de credulidade
Encontro nada e penso quase até
Que a resposta resida na verdade
Que na verdade eu nunca tive fé