O vinho tinto.
O vinho tinto me serve de matiz
dando cor aos poemas que rabisco
brincando, com a rapidez d'um corisco
e haja verso a fluir do meu giz.
Uma taça, outrazinha e o verso flui
domado à minha forma de dizê-lo,
sóbrio, eu o trato com mais zelo
e se chego até o choro mais influi.
A poesia se permite ao apelo
É carta que viaja sem o selo
Levando o recado da paixão.
O vinho, do qual falei no começo,
não traz nem etiqueta e nem preço
mas é quem dosa meus versos de emoção.
Josérobertodecastropalácio