DOR DE AMOR

Na penumbra chora desolado

Na lacuna deste amor ausente

Em soluço gritos sufocados

Lancina d'alma, corpo carente

De vil espectro recebe o abraço

Sofregamente nesta lamúria

Encarquilhado no atroz cansaço

Entrega-se aos laços da penúria

Lembra a vileza, tanto desprezo

Ressentimento posto, arraigado

Sórdida reprise no coração vazio

Restou apenas um sonho ileso

Um naco humilde e esperançado

Pede o regresso num calafrio

Esperança Vaz

12/09/2017.

Esperança Castro
Enviado por Esperança Castro em 12/09/2017
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