O CÓRREGO - Poesia Nº 52 do meu 5º livro "Resgate"
Do córrego ouço seu som de murmúrio,
Que ditoso tenta a minha absolvição,
Como fosse devolver-me em dó a razão,
A livrar culpas deste meu viver augúrio...,
...Sem prazeres no cantar do isolamento.
Que me defenda esta água em batismo,
Onde me entrego ao pulsar do lirismo,
A escorrer na minha face tal momento...,
...Sobre todas as formas desse não me amar.
Aqui em duplas correntes, a minha e a tua,
Eu ainda sofrendo, peço-a pra me ajudar...,
...Em penosas lágrimas na sua água nua;
Que serpenteando vai pro mar desaguar,
Meu regozijar puro que a ti se insinua!
Eduardo Eugênio Batista
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