Frugívera.
A poesia se faz frugívera, ou pura
Em minhas veias e artérias
Ela pulsa, vibra, medita e ri.
A poesia é um vasto manancial
Ela não foge de mim nunca
Sempre é duradoura e santa
Diante do vendaval, ou terremoto.
Eu apenas vislumbro seu estilo
Que me abeira no ontem, e no amanhã.
Toda hora, como dama casta que sorri.
Ela entoa sua sonata dileta pra mim
Em meio ao calvário que é ser brasileira
E então eu abraço o destino
E sigo meu destino sorrateira.
Valéria Guerra Reiter