CANTIGA DO AMOR QUE É TEU (1 e 2)// SONETOS
CANTIGA DO AMOR QUE É TEU
Soneto
“Oui, nulle souffrance ne se perd...”
Sim, nenhum sofrimento se perde...”
M. de Vogué
CANTIGA DO AMOR QUE É TEU
Por que, meu amor, não vens e me contas
Dos tantos caminhos por onde andaste...
Dos perigos e chagas que enfrentaste
E não descreves contínuas afrontas ?
Por que não entras e calmo te alongas
Nas descrições dos prantos que choraste...
... dores que em desilusão fecundaste ?
Do coração as fibras estão prontas !
Não te importes, já não és peregrino...
Os turbilhões amargos ... já não são !..
Já não precisas temer o Destino.
O sofrimento ... não se perdeu não!
O que aprendeste .., se tornará hino
Vem, amor ! Sacia-me o coração !...
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CANTIGA DO AMOR QUE É TEU ( 2 )
Soneto
CANTIGA DO AMOR QUE É TEU (2)
Amada de minh’alma inquieta !.. Sim !
Volto de uma estrada plena de espinhos
Onde mil pedras enchiam os caminhos
E a Esperança estava anulada em mim.
Não via flores ... nem qualquer jardim
Pássaros não havia ... em seus ninhos ...
Total demais ... a falta de carinhos...
Tudo ... dilaceramento ... sem fim !...
Se um clarão de lua alagava a rua
Como de ti me lembrava, oh, amada !
Felina fome ... da figura tua !..
Forasteiro fui ... de estrela apagada...
Depois de tão grande tristeza nua...
Aqui estou eu enfim !.. Lição captada !.
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