SOBREANTÍTESE
Sobre o sempre a nunca permanecer
No infinito das horas em finitude...
Sobre o tudo que o nada vem a ser
Ao vazio do que foi em plenitude.
Sobre o brilho do esplendor da flor que brota
Em chão de pedra a aridez a enfeitar
Tão em breve tempo é pétala que solta...
Folhas secas brilham ocultas em seu olhar.
Sobre o velho que outrora foi um dia
Mundo novo que tão rápido passou
Na poesia declamada em harmonia
Desarmônica é só rima que ficou.
Sobretudo o que sorriu em fantasia
Sobreantítese é o poema que chorou.