ÉDEN
A ti, por quem aguardo sem recíproca...
Daqui, dessa cidade dormitório,
destino aos que creem em morte onírica,
prometida em batalhas e oratórios.
Desprezo a eternidade sem carícia.
Moldada ao corpo teu, vivo famélico.
Agruras, ao teu lado, são delícias.
Sublime, sem você, vírus colérico.
Sigo em teu encalço, torta balística.
Perdido, enfrento mundos, salto trópicos.
Paixões não esmorecem às leis da Física...
Ou tombam esgotadas no breu cósmico!
Vagando infinitos, meu ser etéreo,
Faz das juras de amor, seu ledo império.