SONETO DO AMOR FATAL
Sublime tanto amar e não morrer
Se, sem querer, o amor nos faz sofrer
Nos faz temer a razão do seu enfoque
Pobres seres deste triste retoque
Escravos os são todos os amantes
Que pensam serem do amor dominantes
Dominados foram antes desta hora
Feridos sem ciência da ferida
Tolos seres com alma de poeta
Descansem na trajetória mortal
Sem noção do quanto o amor os afeta
Seria tão normal, se não fatal
Mesmo sem noção do quanto ele grita
Um amor do bem que nos faz tão mal