MACULADA ALMA....
Há quem guarde as farpas à lisonja...
Revelando seu lado mais que sombrio...
A alma agarrada ao mal qual a esponja...
Afundada na limpeza da roupa num rio.
À quem pese ser está indeia impossível...
Confesso-me incluso nessa margem...
Mesmo sendo o desejo mácula invisível...
Mostro-lhes meu coração tão selvagem.
Então,apenas tu tens a leitura...
Do leito em que vaga a fissura...
Da veste, minh'alma impregnada.
Então! Prefiro-a ainda suja...
Ao invés daquela brancura...
Alma nua, quando não sabia de nada.