Soneto de despedida
Um sonho cala,
Tudo se esfria.
Agora habita na fala,
A poeira do que se vivia.
O silêncio que metralha,
Arrebata meu lembrar.
Ouço um grito que falha
Aos meus ouvidos tocar.
É o medo combinado a solidão,
Que me injeta a dor da saudade,
Que tira do prazer a excitação,
Restando-me apenas vaidade.
Medo que me faz rouquidão,
Sob o choro sem maldade.