MORTE A PASSEIO
Um dia tarde já da noite, veio
uma senhora de negro capuz,
o porte austero, foice em manuseio.
O fim chegado, logo ali supus.
Não pude disfarçar o meu anseio,
para livrar-me da pesada cruz
de viver essa vida em devaneio,
na esperança que os tolos conduz.
Asssim roguei que me levasse enfim,
pois não servia a vida para mim.
Me disse então:" não serves tu de nada,
mato o desejo meu na despedida,
na paixão de viver sou saciada,
prefiro levar os que amam a vida"