MEA CULPA...
Até hoje te acuso por minhas perdas...
Por danoso espinho ao arranhar a seda...
Por vinagre lançado no pergaminho...
O escorrer no caule o fim da seiva.
Nos pontos finais das minhas resmas...
Por mãos negadas em frente a cerca...
Por olhos cegos por teus carinhos...
Pingando rios em minha boca seca.
Por trêmulas frases em desalinho...
Por suor agonizante no colarinho...
Afrontando o dedo que nele rodeia.
Por marcas profundas no descaminho...
Por um ente que ficou sozinho...
Amando-te, fingindo que te odeia.