VERBOS VIVOS
O corpo, o culto à carne desejada
Os verbos vivos por nós confluídos
Amar, querer, sorver - embebecidos.
Matando a sede à tara saciada
Perder-se ao suor, um do outro cada
achando-se nos toques repetidos
Sentidos tantos quanto proibidos
Juntos saber o tempo da chegada
Nas horas da urgência onde amamos
Mais vivos somos - vale qualquer pena
O amor, viver, em nada nós pecamos
Perto disso o mundo se apequena
Remida a mim, eu nos braços seus
Se tu existes, talvez exista deus.