POR "N" VEZES...

POR “N” VEZES...

Silva Filho

(aplaudindo a Ania no soneto

QUANTAS VEZES AINDA, AMOR...)

Por “n” vezes a gente reinventa,

Modela o sonho que o peito espera,

Há no esboço um tanto de quimera,

Como quimera o sonho se apresenta.

Por “n” vezes o amor a gente tenta,

E de cansaço... a esperança dilacera,

Mas a paixão é algo que impera,

Não importando se o peito arrebenta.

Por “n” vezes quero estar contigo,

Nessa loucura o meu estro instigo,

Pra não perder o lugar naquela rede...

Embriagado com o trinar das rimas,

Esperarei pelo período das vindimas,

Que matarão minha fome e minha sede.