Meu vício
A porra do soneto me vicia
E varo as madrugadas, puta merda!
Tem coisa boa e ruim, que a gente herda,
Do pai, da mãe, da avó ou até da tia.
Só sei que o tal do verso me sacia.
E fazê-lo não precisa quase nada
De inspiração apenas uma pitada
Pra ver tantos prontos. Alegria!
Vão se somando com o passar dos dias
E vou aconchegando estas crias,
Como filhos, que a vida me negou.
Se não me dão trabalho e nem dor,
Deles, então, como me queixar?
Haja lapis e papel pra eu rabiscar.
Josérobertopalácio