Meu vício

A porra do soneto me vicia

E varo as madrugadas, puta merda!

Tem coisa boa e ruim, que a gente herda,

Do pai, da mãe, da avó ou até da tia.

Só sei que o tal do verso me sacia.

E fazê-lo não precisa quase nada

De inspiração apenas uma pitada

Pra ver tantos prontos. Alegria!

Vão se somando com o passar dos dias

E vou aconchegando estas crias,

Como filhos, que a vida me negou.

Se não me dão trabalho e nem dor,

Deles, então, como me queixar?

Haja lapis e papel pra eu rabiscar.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 05/09/2017
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