O que todo mundo diz.
Eu não sei qual a frequência,
Mas presumo ser muito tarde.
Essas minhas crises de saudade,
De tudo que eu ainda não vivi...
Fazem de mim um ser carente.
O eterno poeta e imprestável!
Há quem diga otário, o infeliz.
É que se não fosse a ausência,
E do meu corpo essa morte...
Talvez eu pudesse ter a sorte,
De falar o que ninguém diz.
Mas não há quem se compadece!
Sou apenas um cara que escreve,
Sobre coisas que todo mundo diz.
NUNES, Elisergio.