O que todo mundo diz.

Eu não sei qual a frequência,

Mas presumo ser muito tarde.

Essas minhas crises de saudade,

De tudo que eu ainda não vivi...

Fazem de mim um ser carente.

O eterno poeta e imprestável!

Há quem diga otário, o infeliz.

É que se não fosse a ausência,

E do meu corpo essa morte...

Talvez eu pudesse ter a sorte,

De falar o que ninguém diz.

Mas não há quem se compadece!

Sou apenas um cara que escreve,

Sobre coisas que todo mundo diz.

NUNES, Elisergio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 05/09/2017
Código do texto: T6105184
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