Transcrição

 

Faço em palavras processos incorpóreos.

Letra a letra, crio seu corpo arbóreo

E abuso de símbolos já bem cansados,

Porém os idiomas são inadequados.

 

Como deverei eu contudo expressar-me

Se as palavras estão a simplificar-me?

Como te deverei mostrar a minha mente

Para que tu me conheças integralmente?

 

Essas dúvidas ecoam uma razão,

Verdades que nunca prestei atenção,

Certas naturezas que não sei o que são.

 

Compreendo que palavras muito pensadas,

Como valiosas taças enferrujadas,

São sobre cerne belezas imaculadas.

João Flávio
Enviado por João Flávio em 04/09/2017
Reeditado em 19/01/2024
Código do texto: T6103946
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