Transcrição
Faço em palavras processos incorpóreos.
Letra a letra, crio seu corpo arbóreo
E abuso de símbolos já bem cansados,
Porém os idiomas são inadequados.
Como deverei eu contudo expressar-me
Se as palavras estão a simplificar-me?
Como te deverei mostrar a minha mente
Para que tu me conheças integralmente?
Essas dúvidas ecoam uma razão,
Verdades que nunca prestei atenção,
Certas naturezas que não sei o que são.
Compreendo que palavras muito pensadas,
Como valiosas taças enferrujadas,
São sobre cerne belezas imaculadas.