ALBATROZ

Dum lado a miséria que explode assustadora

Doutro lado as falácias que declamam o bem viver...

Enquanto as corrupções sempre avassaladoras

Nos outorgam a dura sina de sequer sobreviver.

Eu queria percorrer toda a dita “humanidade”

Qual a fênix que renasce dos lixos das podridões...

Alcançar os corações mesmo em verso debalde

Que verseja a paz ao todo universo das Nações.

Eu queria ser a flor rebrotada de Hiroshima

Num solo de consciência ao planeta em derredor

Interceptar o míssel que revoa lá em cima

E da pétala decaída reviver em calma voz.

Ser qual míssel de socorro, ser seguro de guarida:

À Terra desprotegida ser só céu de albatroz.