SONETO PARA NOÊMIA

Eu te vejo

Caminhando pela noite

E o eco dos teus passos

Me soa como açoite

Nas vielas onde havia o azul

O sonho dorme na memória

O escuro esconde as rugas

Na paisagem,a mesma história

Um delírio,um labirinto, uma cicatriz

Nem santa,nem deusa, nem atriz

Apenas sabe que tem sobrevivido

Às intermináveis noites de labuta

Onde a vontade é prosseguir na luta

E dar sentido à tanta falta de sentido

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 02/09/2017
Código do texto: T6102693
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